segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

OUTRA VIDA


A curso do sepulcro que já foi meu,
Seco espinho, exposta dor encerra.
Teu cravo escuro de fé emudeceu,
Sobre apodrecida urna que agora vela.

Roguei primaveras por espírito seu,
E alcoviteiros já a tinham por adepta,
Devota dos vis prazeres que conheceu,
Negociava suas delícias, outrora secretas.

De lama suja à mente, medíocres sandeus,
Deles, a pútrida boca que teu crimes atesta;

Expondo os violentos usos que tu ofereceu.

Então, jurei pela navalha em carne aberta,
Dez vidas passariam, deste que morreu;
E teu cravo de fé jamais tocaria o novo coração!

(Por: Ozzie - 12.2019) 
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