terça-feira, 29 de dezembro de 2020

ABUSADORAS DE MENINO

No quinto outono de meus dias,
Águas cálidas me removiam a inocência.
Na violência de tais carícias,
Malícias, sem nenhuma complacência.

Conveniência, em banho que era orgia,
Adultas raparigas com tesão em criança.
Focada cobrança nas parcelas íntimas,
Usos que jamais revelariam, por vergonha!

Iniciado na infância, pra não virar marica.
Na ignorância de feias primas e débil tia,
Batia e dizia: "...pra não virar marica!"

Disfuncionais dicotomias, cerne de pantomima,
Contraste entre aparências e tramas vividas,
Realidade de muitas famílias, becos sem saída!

(Por Ozzie 29/12/2020) ©Copyright

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

NATIVIDADE

Triste é o pesar de seus lutos,
No mundo, sob ordens do absurdo.
Absolutos, teus contrastes impudicos,
Inclusos na falsidade de teus cultos.

Na ceia, no vinho, o sentido oculto,
De tudo que lhe soaria mais injusto,
Caso segredos se tornassem públicos,
E pensar pudesse, sem laborais argutos.

Repercuto, o som de abismais produtos,
O inculto vagar de povos dissolutos,
Que prematuros, já nascem cegos e surdos!

Em jubilo, pela perda de seus atributos,
O testemunho de seus insanos frutos,
Diminuo minhas vozes, para durar vivo!


(Por Ozzie 25/12/2020)
 
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